quinta-feira, 26 de julho de 2012

Como escolher parceiros no torneio?

          Quem nunca procurou pegar um bom parceiro quando vai colocar a sua ficha, cartela, inscrição, seja qual for a denominação que você atribuir ao momento em que inscreve o seu pássaro em um torneio, levante a mão. A questão é que o bom parceiro é também uma questão muito particular pois, as vezes, o bom parceiro para o meu pássaro pode atrapalhar o rendimento final do seu e vice versa.

           Mas como escolher isso? Como posso ter uma ideia correta do melhor parceiro para o meu pássaro sem que eu vá somente pela intuição? Pois bem, vou tentar ajudar nisso hoje. A primeira coisa a se fazer é forrar o fundo de sua gaiola com um papel de sua escolha e retirá-lo somente no momento em que for colocar a ave na roda. Como sabemos, os Trincas e os Coleiros são pássaros que cantam por territorialismo e logo o seu canto é a sua arma de defesa, com isso a ave "tende" a cantar mais de forma que fique de frente ao adversário que mais o incomode. 

       Com esse pensamento o fator determinante para a noção do adversário que está causando mais ameaça a ave é o numero de fezes, isso mesmo, o número de fezes, por isso o papel de fundo tem um papel importante na determinação pois o que vou passar aqui, é uma contagem do numero de fezes que teremos embaixo de cada poleiro visto que durante um torneio de 4 horas uma ave defeca inúmeras vezes, vezes que sejam suficientes para a determinação de onde o pássaro mais ficou durante a competição.. Tá complicado mas irei exemplificar mais adiante.

           O passo a passo é simples, determinamos qual é a média simples que o seu pássaro costuma cantar, isso se faz de forma a somar todos os seus resultados e dividir pelo número de torneios que ele participou, ou seja, 10 rodas dando 150 cantos e 10 rodas dando 170 cantos, isso dá uma media de 160 cantos, determinado isso faremos a avaliação do torneio, no caso quando for colocar o pássaro na estaca antes tire o papel de fundo e deixe ele agir, com isso você fará uma observação aos seus parceiros, o da direita e o da esquerda e vai marcar em um papel se o pássaro da direita tem comportamento agressivo, se procura briga, se ele canta paradinho enfim, determine isso, faça o mesmo com o pássaro da esquerda e guarde essas anotações. Ao longo do torneio perceba se houve trocar de parceiros e faça o mesmo. Ao término da roda você fará uma contagem do numero de fezes que teremos embaixo de cada poleiro, para simplificar vou exemplificar com uma gaiola de Trinca Ferro de 3 poleiros:

            Início de torneio, tirei o papel de fundo e coloquei o Trinca na estaca, avaliei o parceiro da direita e o mesmo apresentava um comportamento agressivo, fiz o mesmo com o da esquerda, o qual cantava mais parado. Neste dia ele apresentou um rendimento acima de sua média, aquela média que já fizemos anteriormente. Em minha contagem o número de fezes que tinha embaixo do poleiro da direita era bem maior que o número que tinha embaixo do poleiro da esquerda, assim como mostra a figura abaixo :

Não não é uma peça de dominó e sim um esboço de uma gaiola com vista superior onde os pontos em vermelho simbolizam as fezes embaixo de cada poleiro. 
            Como viram, o pássaro preferiu o parceiro brigador pois além do número de fezes ter sido maior embaixo do poleiro do lado em que situava o parceiro agressivo, o seu rendimento foi acima de sua média ponderada. É claro que, novamente terão casos que não poderemos aplicar essa regra, até mesmo pelo número de intempéries que um torneio oferece mas essa espécie de contagem lhe facilita a ir pegando os macetes e as preferências de seu trinca. Este procedimento pode parecer um pouco complexo mas quando começar a fazer vai ver que é uma rotina que com o tempo passa a ser automática e te ajuda a entender mais a sua ave. Outro procedimento que facilita a higienização dos fundos é você passar um óleo de peroba ou uma cera mesmo no fundo da gaiola, além de facilitar a limpeza, evita que tenha que esfregar o fundo que hoje temos tantos fundos desenhados, e esse procedimento evita que você esfregue e acabe riscando o fundo de sua gaiola.

          Esta foi a postagem da semana, quem tiver alguma sugestão sobre futuros assuntos, ou indicações de reportagens, por favor deixe um comentário que tentarei ajudar a todos na medida do possível. Um grande abraço aos amigos leitores

quinta-feira, 19 de julho de 2012

SISPASS - Atenção Usuários

          Por ser um assunto de extrema importância a nós passarinheiros, estarei divulgando aqui na íntegra um e-mail, o qual um de nossos amigos e criador de Curiós nos alerta aos acontecimentos do IBAMA com relação à algumas multas que estão sendo enviadas pelos correios, segue anexo:

          Srs. Amigos

         Bom dia

      Infelizmente venho colocar aqui uma noticia desagradável para todos criadores de passaros do Brasil.
O IBAMA está nos autuando pelos motivos que irei descrever abaixo e podem surgir outros. Eles estão suspendendo nossas licenças e lavrando multas. A menor que tive conhecimento foi de R$ 5.000,00 e a maior de R$ 600.000,00

        Motivos das multas

        - 02 cpfs cadastrados no sispass na mesma residencia
        - Ter realizado ou tentado realizar pareamento de filhotes

        Eu estou suspenso e no aguardo da chegada da notificação e multa para me defender e solicitar o desbloqueio.

        Abraços

        Vitor Padovan

      Pude constatar também que alguns outros motivos também foram responsáveis para a aplicação das multas supracitadas, que seriam a mudança de endereço para que pudessem burlar o pagamento da taxa de R$ 21,00 que são pagas quando ocorre uma transferência interestadual, 2 CPFs cadastrados em residências diferentes entre outras divergências com a IN10. Vamos nos atentar para evitar o bloqueio ao acesso SISPASS e também à aplicação de severas multas por parte do IBAMA.. 

      Peço que qualquer informação sobre o caso, seja postada aqui para o auxílio aos leitores do blog e para a ciência de todos!! 

terça-feira, 17 de julho de 2012

Muda de Penas - Mitos e Curiosidades


         O assunto hoje será sobre alguns mitos e verdades sobre a muda de penas, postei isso em um fórum de discussões e estou dando uma formatada para também colocar aqui. Resolvi tentar ajudar da maneira que posso e passar um pouco do que fui aprendendo na prática e também ao buscar na teoria as explicações para cada ditado ou até mesmo para alguns mitos ou verdades que nos são passados em algumas situações...


          Vou tentar descrever ou elucidar algumas coisas que fazemos sem ao menos entender o motivo.

       A primeira que provavelmente você já deve ter feito ou ouvido é a respeito de encaparmos os pássaros quando queremos levar o mesmo à muda de penas. Com certeza você deve pensar que logicamente o motivo disso seria diminuir a luminosidade, pois bem, o motivo prático é sim esse, mas a teoria é um pouco mais interessante; Todo o Reino Animal, inclusive a espécie humana tem em seu cérebro a polêmica e discutida glândula pineal, essa é responsável pela captação de luz que pode ser natural ou artificial; esta captação quantitativa acaba determinando para as aves o que chamamos de fotoperíodo que ao longo do ano é positivo -quando os dias são mais longos- e negativo -quando os dias sao mais curtos-. Com efeito, falando especificamente das aves, é pre-estabelecido que a época reprodutiva se encerra quando os dias começam a ficar mais curtos dando início à epoca das mudas; o que pode acontecer é dessa glandula falhar, ou seja, ela deixar de captar ou até mesmo de calcular esse período com exatidão e isso acaba acarretando nas aves em não derrubarem penas, pois o cérebro não manda as informações necessárias para que a muda ocorra.




         Resumindo; mais luz é denominado o fotoperíodo positivo e o cérebro entende que ainda é epoca de reproduzir não enviando as informações para a muda de penas. Ao induzir a ave em uma quantidade MENOR de luz (capa, quarto escuro, ou similares), automaticamente estamos forçando o cérebro a mandar essas informações para que a muda ocorra. Usualmente ouvimos dizer que uma ave fez 1, 2 ou até 3 mudas, isso claro que pode ser fator ambiental, stress, mas normalmente é pelo manejo errôneo dessa glândula que muita gente não sabe que existe, mas agora vocês leitores, já sabem rs. O mesmo ocorre quando uma ave apronta tarde, provavelmente esta ave não está recebendo a quantidade de luz correta para que ela se apronte, tire por exemplo, granjas que ficam 24 horas por dia com as luzes acesas para que as galinhas não entrem em muda baixando a produção de ovos. Se quer aprontar seu pássaro mais cedo, forneça luz e calor artificial a ela antes do calor e da luminosidade maior ocorrer de forma natural...

        Em nós humanos essa glândula tem mais funções, ainda mais curiosas, ela é responsável por nos oferecer um sono BOM ou RUIM. Acredito que muitos aqui (eu por exemplo) tem um incômodo profundo quando tem alguma luz acesa no quarto, seja ela do computador, impressora, televisão, celular piscando, enfim, essa pequena quantidade de luz já é o suficiente para que o cérebro não nos deixe chegar ao sono mais profundo, o chamado sono REM, que é a fase onde a nossa memória armazena os dados importantes que acontecem durante o dia e também que nas crianças é ainda mais importante, sendo responsável pelo crescimento delas...

          Outro mito que eu ja ouvi muito é o de colocar prego enferrujado no bebedouro, isso em teoria funcionaria SIM, mas na prática o que acontece é outra coisa. O ferro (Fe) tem várias funções, mas para falarmos da muda, vou citar apenas 2 delas, ele atua na fabricação das células vermelhas do sangue e também no transporte do Oxigênio para todas as células do corpo. Como a muda de penas é um período em que o pássaro perde muito sangue, sim ele perde sim, cada cartuchinho de pena que cai esta cheio de sangue velho que é renovado com os cartuchos novos e o ferro atua como um transportador disso tudo, logo sua falta inibe novamente que o cérebro mande a informação da muda, pois está faltando algo, seria como vc querer sair com seu carro sem que ele tenha gasolina, logo, você não vai viajar longe sabendo disso antes de abastecê-lo, pois bem, um prego enferrujado tende sim a liberar metais na água, porém esse tipo de metal que é liberado não é assimilado pelo organismo pois não está no formato correto, exemplificando a grosso modo novamente, seria igual você colocar álcool em seu carro sendo ele combustível gasolina entenderam?

          Para finalizar o tópico vou falar sobre como controlar a velocidade da muda da sua ave. Se acontecer do seu pássaro entrar em muda muito antes do previsto e você temer dele vir muito cedo e acabar por repetindo a muda antecipada no próximo ano, ou até mesmo se o seu pássaro está entrando em muda atrasada e você quer que ele mude de forma rápida de forma a cair o maior número de penas possíveis de uma só vez a prática é simples. Pense na sua condição física, se ele derrubar muitas penas vai conseguir alçar vôos longos? NÃO, é bem provável que não, então tente maximizar isso de forma a colocar bastante poleiros seja na gaiola ou no voador, pois ele não tendo obrigatoriamente, a necessidade de voar longe e sim pular, ele vai derrubar mais penas pois com poucas penas ele consegue pular normalmente. Já se ele entrou em muda muito cedo e você quer que ele faça uma muda bem vagarosa, solte em um voador e coloque os poleiros o mais longe possível um do outro, claro que de forma que não o estresse, ou seja, assim ele vai ter que voar e não vai derrubar suas penas muito rapidamente para não correr o risco de ficar sem penas para voar e buscar seu alimento ou água.



          Lembrando mais uma vez que na biologia nenhuma verdade é absoluta, você pode estar aqui lendo e se lembrando de uma ave que teve, que mudou em um viveiro e a mesma derrubou todas as penas, ficando no fundo, ou em uma gaiola que não conseguia voar de tão "peladinho" que estava, mas a teoria passada aqui é a que se encontra dentro de uma média ponderada.




segunda-feira, 16 de julho de 2012

Torneio ACCP - Campinas - 15-07-2012

Roda de Trinca Ferro
           Ontem aconteceu a 3ª etapa do esquenta do mês de Julho em Campinas, a presença dos amigos como sempre engrandeceu o evento que esta cada vez melhor, a roda de trinca ferro contou com 37 gaiolas e a roda de coleirinhas teve seu início com 26 pássaros. O horário de início impreterivelmente seguido se deu às 8h30 e seu término as 11h40. 


Roda de Coleiro
No próximo Domingo acontece a 4ª e penúltima oportunidade para que todos possam ter seus respectivos parâmetros para o regional FEOSP que em breve começará. A roda de coleirinhas mostrou um avanço considerável pela época do ano, as médias também foram muito boas. Abaixo o resultado juntamente com as fotos dos troféus e seus respectivos premiados.


Troféus de Coleiro
COLEIRO 

1º Divino - Matheus - 188 
2º Parede de Fogo - Rodolpho - 101 
3º Devassa - Alexandre - 89 
Troféus de Trinca Ferro
4º Pimpolho - Zelão - 64
5º Matraca - Guilherme -63




TRINCA FERRO
 1º Nunca Mais - Luciano - 165 
 2º Vila Rica - Marcão - 125 
 3º Alta Tensão - Dirley - 121 
 4º Majestoso - Odair - 121 
 5º Puro Sangue - Marcão - 118
 6º Toque Mágico - Alex - 117 
 7º Areião - Zelão - 110 
 8º Astro - Datena - 108
 9º Guerreiro - Fabiano 106
10º Adrenalina - Claudião - 100
Em pé: Seu Odair, Alex, Zelão, Luciano, Marcão e Matheus
Agachados: Alexandre, Dirley, Mácio, Alemão e Rodolpho

 *Agradecimentos à ACCP pelas informações

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Gaiolas e Gaioleiros

        Bom, a ideia hoje é tentar ajudar os passarinheiros a aprender como visualizar e também saber como distinguir cada gaiola de seu respectivo gaioleiro. A princípio é válido citar como temos bons gaioleiros em nosso país, assim como o nosso hobby que está em uma crescente funcional, na mesma proporção aparecem artistas em todas as regiões do país, chegando, por exemplo, ao ponto de poder garantir 100% o fato de que esquecerei de muitos deles nesta postagem. O tópico passa a ser um assunto bastante discutido se seguirmos algumas vertentes que podemos avaliar em cada obra de arte feita por madeira trabalhada, bambus, arame, também por cada marchetaria montada por determinadas cores e por fim, pelo simples gosto ou preferência de cada um ao passo que uns gostam de marchetarias mais chamativas que destaquem as gaiolas, outros gostam de marchetarias mais simples, que enalteça o trabalho da madeira, seu laqueamento, seu verniz, enfim, o ditado que prevalecerá aqui nesta postagem será "gosto não se discute". Deixando desde já pontos fortes e fracos vistos por um prisma totalmente particular, meu, o que pode ser muito bem contestado por qualquer leitor com relação às minhas opiniões, prazos ou similares.

        
MILTINHO

         Vou começar falando dele, que para muitos é considerado o melhor gaioleiro do país,  gaioleiro antigo do Rio de Janeiro Miltinho é responsável por trabalhos incríveis; suas obras já alojaram aves como os Trincas Zandonaide, Radar, Titanic, Veneno e coleiros como o Fim do Mundo e outras máquinas.. Entre alguns passarinheiros é chamado de cabeça de bacalhau ou também de caviar, pois todo mundo já ouviu falar que existe mas poucas pessoas o viram; Miltinho também um mago com as madeiras, porém pouquíssimas pessoas o conhecem pessoalmente. Nos oferece uma gaiola para pegar nas mãos e ficar apreciando por horas e ficar imaginando como o ser humano é perfeito ao ponto de nos oferecer um produto ao qual máquina alguma conseguirá igualar. Suas marchetarias são dialetas, por serem discretas nem sempre encontramos uma quantidade grande de admiradores, porém é inegável que seu trabalho seja incontestável.

Gaiola do Miltinho feita em Pinho de Riga
 (clique para ampliar)

Destacando alguns pontos:

Fracos: Além do prazo de entrega ser bastante longo, acredito que se a grade do fundo fosse removível ajudaria muito na higienização da mesma. 

Fortes: Trabalho com o verniz, bambus, alinhamento das marchetarias e esquadramento de colunas são extremamente perfeitos, assim como o encaixe do fundo e o próprio.





DF (irmãos Daniel e Fernando)

          Estes irmãos de Serra-ES são mágicos, presentes no grupo do 1º escalão dos gaioleiros do Brasil são nacionalmente conhecidos pela beleza de suas gaiolas e também pela grande diversidade que suas fantásticas marchetarias nos proporcionam; na minha opinião em se tratando de marchetaria são indiscutíveis os melhores e ponto final. Suas gaiolas ja apresentaram Flipper, Titanic, Bolero, Raio de Fogo, Halley e coleiros como Animal, Mestrão, Onix, o grande campeão Vibração entre outros.



Gaiola de Brejaúba feita pelos irmãos DFs
Destacando alguns pontos:

Fracos: Já vi algumas com bambus que não estavam completamente fixos em seus furos, ou seja, quando os prendia com os dedos e forcavam eles giravam no furo, e também o fundo de algumas já recebi com uma espessura fina.

Fortes: Marchetarias maravilhosas, trabalho artesanal impecável sem trincas e bolhas, presilhas de poleiro bem trabalhadas, os primeiros a fazerem gaiolas de 2 cores.


NILSON

        Esse jacaré tem todo o meu respeito, é um exemplo que qualquer profissional deveria seguir, a evolução do seu trabalho caminha a uma velocidade impressionante, ha algum tempo, alias pouco tempo atrás conversávamos pelo MSN e o assunto era ele começar a colocar as bolinhas de rolamento no fundo, fazer com que o a marchetaria que subia da coluna se encontrasse com a marchetaria que vinha do arco e assim ele em pouco tempo estava fazendo e em altíssimo nível. Suas marchetarias que se repetiam com certa frequência, hoje dá espaço para inovações que só tendem a embelezar suas obras, enfim, em pouquíssimo tempo entrou para o seleto grupo dos melhores do país e hoje recebe encomendas do Brasil todo. Sua gaiola já teve o prazer de receber um os melhores Trincas que o país já teve, Flipper. 


Obra de arte do Nilson




Sua educação, a clareza com que aborda os fatos que conversamos, sua educação e seriedade de cumprir os prazos que estipula só me fazem destacar pontos fortes de suas gaiolas que são reflexos de sua pessoa. Saiba que você tem um fã, enquanto o país admira suas gaiolas, eu posso ir além e dizer que também admiro você. 




ERNESTO

        Meu amigo particular e passarinheiro de alta qualidade também esta no top 5 do Brasil em minha opinião. Esse cara juntamente com seu filho Márcio brincam de fazer gaiolas de alto nível. Com um de seus exemplares em mãos fica difícil notar algum defeito, desde o gancho até os pezinhos é luxo dos pés a cabeça. Suas gaiolas já "vestiram" os trincas Fantástico, Extase, Amigão, Matraka, Santa Fé e coleiros como Camisa 10, Discovery e muitos outros que por SP cantam e encantam.

Linda gaiola do Ernesto

Se fosse citar algum defeito de suas gaiolas, claro que de forma irônica, citaria apenas o preço que apesar de ser alto e não ser de tão fácil aquisição, reflete cada centímetro de qualidade que pai e filho impõe ao trabalho sem falar que o tempo de encomenda é bem rápido quando até mesmo a gaiola dos sonhos não se encontra a pronta entrega em seu carro que para muitos é o paraíso dos torneios...





Outros

Temos também grandes nomes os quais possuo gaiolas e posso dizer que a qualidade é a mesma dos que ja citei como o Alfeu, Del, Abrantes e a que podemos chamar de nova geração de gaioleiros, neles podemos incluir o João, Dartangnan, Fabio, Juliano, Glauber e muitos outros sendo que todos oferecem uma infinidade de opções cabendo a cada um saber o que procura e saber também como e para quem encomendar, a demanda é grande e destacaria 3 itens importantíssimos os quais devemos levar em consideração pois caminham sempre em oposição, são eles : Rapidez, Qualidade e Preço... Você só vai encontrar 2 qualidades destas 3 em qualquer gaioleiro que procurar, ou seja, se for rápido e barato, não terá QUALIDADE, enquanto se tiver qualidade e rapidez, não terá PREÇO, por fim, se tiver preço e qualidade, não terá RAPIDEZ... Trabalhar com estes itens é o primeiro passo para não cair em enrascada, lembrem-se, gaioleiro faz gaiolas, não milagres.

Finalizo o post deixando algumas fotos de vários destes gaioleiros que acima citei:

Gaiola em Brejaúba feita pelo Wenderson
Gaiola em Pinho de Riga feita pelo Abrantes

 Feita pelo Fabio em madeira canadense - Spucer

           
                Gaiola Feita em Pau Brasil pelo Ernesto



Feita pelo Juliano
Feita pelo Dartangnan
Gaiola feita em Carne de Vaca pelo Wenderson

Gaiola feita em Marfim pelo Écio

                                                       
Gaiola feita pelo Glauber

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Torneio ACCP - Campinas - 08-07-2012

A premiação aos vencedores do dia
       No dia 08/07/2012 aconteceu em Campinas a 2ª etapa do "Esquenta mês de Julho", os participantes estão tendo a ultima chance de disputarem a sequência de 5 mini-torneios e também esquentar seus pupilos para a temporada oficial que se inicia no dia 05 de Agosto em Vinhedo. Depois de um dia que prometia ser de vento e chuva, São Pedro colaborou e o torneio terminou de forma muito agradável. Organizado pela ACCP -Associação Campineira dos Criadores de Pássaros- a disputa ofereceu premiação de 07 troféus para a modalidade Trinca Ferro e 03 troféus para os Coleirinhas.

Os juízes sempre atentos à fiscalização

 O horário de início, foi o de sempre, 8h30 e teve término às 11h40 com todos os pássaros devidamente marcados. Mais uma vez a organização foi o ponto forte do evento e a harmonia prevaleceu o tempo todo e a presença cada vez mais dos amigos de fora, está deixando o torneio com um nível muito bom.

A classificação final ficou da Seguinte Maneira:



Trinca Ferro
Troféus para os Trincas

1º - lugar - Toque Mágico - Alex - Salto
 2º - lugar - Astro - Datena - Campinas
 3º - lugar - Magestoso - Sr. Odair - Campinas
4º - lugar - Xeque Mate - Luis - Campinas
5º - lugar - Triunfo - Robson - Sumaré
6º - lugar - Adrenalina - Claudião - Sumaré
7º - lugar - Franguinho - Delvane - Sorocaba.
 8º - lugar - Apocalipse - Djair - Campinas
 9º - lugar - Xarada - Robson - Sumaré
10º - lugar - Pena Branca - Bráulio - Campinas



Coleiro

Troféus para os Coleirinhas
1º - lugar - 120 - Divino - Matheus - Campinas
2º - lugar - 100 - Cerol - Guerra - Campinas
3º - lugar - 84 - Parede de Fogo - Delvane - Sorocaba.
4º - lugar - 67 - Toque Final - Marquinhos - Campinas
5º - lugar - Bala de Prata - Guerra - Campinas


* Dados fornecidos pela ACCP

Elucidando a Pivite

      Bom pessoal, resolvi escrever um pouco sobre a Pivite pelo fato desse assunto ter sido levantado ontem no torneio que participei e por consequência de ter notado o quanto esse assunto é levado adiante de forma errada e mais, pela quantidade de informações erradas de formas diferentes, me lembrei até daquela brincadeira que fazíamos na infância chamada de "telefone sem fio" onde o assunto ou palavra inicial quase nunca chegava ao destino de forma integral, tampouco às vezes, parecida com o ideal.
       Então agora você, leitor, que está acompanhando as postagens do blog tem a missão de disseminar para os seus parceiros a verdade sobre este assunto e ser um formador de opinião correta, corrigindo os amigos quando falarem algo diferente do que vão ler agora, não que a minha verdade seja absoluta, mas é a fisiologia certa acerca deste problema.
       - Pô Matheus, chega de enrolação e explica isso logo. Pois bem, não se decepcione mas a Pivite não é uma doença. NÃO? COMO NÃO se o meu amigo, ou o meu vizinho já teve um Trinca Ferro que morreu com Pivite? Calma amigo passarinheiro, eu acredito em você e concordo, ela mata sim, mas não é uma doença e sim uma "calosidade" lingual, em outras palavras é um espessamento que ocorre na língua, mais especificamente, na ponta da mesma em ocorrência de uma alimentação errônea, inadequada que perdurou um tempo suficiente para que a sua ave formasse esse calo na língua.
        Participo de um fórum de discussões e quando resolvi escrever sobre esta enfermidade, por curiosidade digitei PIVITE em seu campo de busca e pude ver que as informações erradas estão espalhadas por todos os cantos e não somente ontem com os meus amigos, pude ver que alguns, até mesmo de forma inocente disseram que é causado por um casal de vermes alojado na traqueia da ave e que depois pode acabar descendo aos pulmões, em outra ocasião também verifiquei que uma outra pessoa, por sinal, grande parceiro meu, conseguiu tratar a suposta doença com NISTATINA, sim nistatina, pomada humana indicada para candidíase, que por sinal é causada por fungos; com efeito também vi artigos apontando que a causa da Pivite seria uma deficiência de vitamina A... Enfim, repito, você leitor agora é meu aliado na disseminação sobre a ocorrência correta desta calosidade, combinado?
         Pois bem, para uma breve constatação destes fatos já citados, você já ouviu falar ou conhece algum pássaro granívoro (bicudo, curió, coleiro, canário) o qual tenha sido notificada a aparição da Pivite? Não que seja completamente impossível, mas muito provavelmente sua resposta foi NÃO, então por qual motivo podemos dizer que seria motivo de deficiência de Vit-A, será que somente os frugívoros (Sabiás, Trincas, Melros) sofrem com essa falta? Sera que os casais de verme só não tem afinidades em parasitar os nossos amigos que comem sementes, ou será que os fungos também acham  feios os que comem grãos mantendo distância deles e preferindo os que comam frutas? Essas são as maiores evidência que a calosidade se deve ao fato de que na natureza essas aves se alimentam de frutas maduras, folhas verdes frescas, insetos e similares, no processo de adaptação em cativeiro as forçamos a se alimentarem de rações que imaginamos ser corretas, mas nem sempre é...
        Para finalizar, gostaria de atentá-los para os sintomas que a Pivite oferece, algumas aves  já possuem por si o hábito de levar a comida para o bebedouro, isso acontece por que ele pretende amolecer a comida antes de ingerir, na muda de bico é ainda mais frequente pelo fato do bico estar mais mole, porém se caso sua ave não tiver esse vício e estiver iniciando o costume de assim fazer, é o primeiro passo, depois note se há alguma bateção de bico ou até mesmo você perceber que ela está pondo a língua pra fora do bico com certa frequência. Seu tratamento é bem simples porém requer certo conhecimento e prática, deve ser feito por um veterinário especializado através de uma tesoura pequena, palitos simétricos ou até mesmo uma pinça. O tratamento inadequado ou a retirada por um inexperiente pode causar sangramento lingual e a abertura de uma importante porta para a entrada de microrganismos causadores de várias outras doenças.

O círculo amarelo indica a presença da enfermidade

Trinca Ferro já com o procedimento de retirada da Pivite realizado

Alimentação - Nectarívagos


A Natureza é fantasticamente, maravilhosa!!!
         Incluem-se neste grupo algumas das mais fascinantes aves como os Lóris e Colibris. Esta alimentação é muito energética e podemos encontrar diversos preparados alimentícios para dissolver em água específico para estas aves. Sinceramente não conheço muito sobre este assunto e tudo o que sei foi por ler artigos referentes a isso. Todavia parece ser unânime a opinião de que não é difícil mantê-los porque a alimentação é exclusivamente à base desses produtos, o problema é que são aves muito exigentes em instalações e cuidados gerais.


 
         A alimentação é, em termos químicos e nutricionais, relativamente simples à base de uma mistura de melaço, açúcar, leite em pó e mais alguns nutrientes dissolvidos em água mineral. Esta mistura forma um meio extremamente rico que favorece o crescimento de bactérias pelo que tem de ser trocado muitas vezes, no mínimo duas vezes por dia ou mais em tempo quente. Existem já no mercado misturas solúveis de néctares. Para quem esteve (está) tentado em experimentar manter estas aves nada melhor que falar com quem sabe e contatar as poucas pessoas que as têm, em particular os colibris, para ficar consciente de todos os cuidados e dedicação que isso implica.

domingo, 8 de julho de 2012

Alimentação - Granívoros


Mistura para Coleiro contendo variedades
 de painço branco, vermelho, verde, preto e alpiste

           A maioria das aves a que temos acesso inserem-se neste grupo, alimentando-se de sementes. São várias as sementes usadas para este fim, das quais algumas espécies preferem umas e rejeitam outras. As principais sementes são a alpiste, milho alvo, milho painço, milho japonês, painço vermelho, semilha (níger), canhâmo, colza, nabo, trigo, aveia, linhaça, girassol e milho. Existem muitas outras, algumas usadas em quantidades mínimas, mas que podem trazer vantagens (ou não) à saúde das nossas aves.
           Os grandes granívoros como araras e papagaios consomem sobretudo girassol, trigo, milho, aveia e outras sementes de grão grande, mas uma arara pode perfeitamente comer também alpiste. As espécies menores preferem os milhos alvos (periquitos) e os estrildídeos africanos chegam a ter dietas com 60% de painços. De um modo muito generalizado podemos dizer que fornecendo uma dieta com grande variedade de sementes tudo se equilibra. Só falta um pormenor que é a constituição dessas sementes e o fato das aves as consumirem ou não.
          É muito difícil apontar esta ou aquela dieta porque nunca se pode igualar o ideal, o melhor que podemos fazer é falar com outros criadores e discutir resultados e experiências, experimentar esta e aquela mistura e manter as que dão bons resultados. Além disso se pudéssemos dar a cada espécie a sua mistura mais facilmente iriamos ao encontro das necessidades especificas de cada uma delas, mas as vezes, quando temos diversas espécies, por vezes em conjunto num mesmo viveiro, não é viável fazer uma mistura para cada uma delas em particular. Mesmo que estejam todas separadas por gaiolas individuais não é prático gerir vários tipos de misturas para cada uma delas. Isso seria possível para 5-6 casais, eventualmente mais alguns, mas entrando em criação em maior quantidade, o número de casais normalmente mantido (50-100/+) não permite que quando se tem várias espécies se usem misturas distintas. Apenas quando se trabalha por lotes bem diferenciados e com uma boa organização do efetivo isso é possível (mas, novamente, não é fácil).

          Conforme o comportamento das aves temos de ser nós mesmos observadores de suas preferências alimentares e o seu estado corporal. Isto dependerá do seu alojamento, atividade, porte, entre outros. Uma ave numa gaiola com mais de 2,00m com vários metros de vôo pode ter uma dieta mais rica em sementes gordurosas que uma ave numa gaiola de 50cm, porque pode fazer mais exercício. Por outro lado se estamos a dar um tipo de semente que sistematicamente vemos não é aproveitada e acaba ficando no chão ou no fundo do comedouro devemos reduzi-la. O fato de que em gaiolas maiores podermos usar sementes mais "ricas" e mais apetecíveis não quer dizer que o devamos fazer sem controle. 
         Há algum tempo em conversa com um criador conhecido ele me disse apenas dar 5 sementes bases a todas as aves: alpiste, painço, painço vermelho, milho alvo branco e milho japonês e semanalmente uma ração de sementes pretas (colza, níger e linhaça). Outros preferem fornecer 20 tipos de sementes e deixar as aves escolher. Só por curiosidade algumas misturas comerciais para fringilídeos europeus chegam a ter 27-30 sementes diferentes, algumas das quais muito pouco usadas. Acho que não é preciso tanto, se de um conjunto de cerca de 15-20 sementes podemos escolher as que as aves melhor aceitam. Não devemos nunca, como infelizmente ainda se vê em algumas lojas de animais e até em exposições, manter aves com uma única semente. Caso se opte por isso ou não disponhamos de tempo para fazer as nossas misturas, existem no mercado algumas misturas já prontas para todos os tipos de aves como periquitos, canários, exóticos, psitacídeos e passeriformes, que fornecem bons resultados. Eu uso algumas delas com bons resultados para determinadas aves, alterando-as por vezes de acordo com minhas experiências e preferências. Estas misturas são por vezes feitas por empresas especializadas no ramo e fruto de alguma investigação e contatos com criadores e conhecedores. Além das misturas que já indiquei dou às minhas aves outros tipos de sementes, embora não entrem na mistura base. Em especial durante os períodos de esforço (reprodução, torneios e muda) dou sementes mais ricas como o canhâmo, cártamo, linhaça, colza que são sobretudo uma guloseima. Durante a criação os mais exigentes recebem também sementes selvagens verdes, semente de relva e sementes imaturas de gramíneas diversas.

         Para além de termos a obrigação de dar às nossas aves as melhores condições possíveis, concordo com os que acham perfeitamente um absurdo que algumas pessoas invistam pesado em suas aves, para depois poupar R$ 0,05 num Kg de comida. Além do cuidado na escolha da mistura a usar devemos ter especial cuidado na qualidade das sementes, em particular quanto à sua limpeza (pó e impurezas), umidade e condições de ensacamento. Se escolhemos para nós os melhores alimentos devemos fazer o mesmo para as nossas aves.


Misturas ensacadas de forma individual, específicas pada cada ave.


     

Alimentação - Frugívoros e Insetívoros

 Frugívoros       

          Estas aves comem frutas e será essa a base da sua alimentação. Recentemente existem produtos granulados que podem constituir a alimentação base destas aves e que vieram resolver alguns problemas como a acumulação de ferro no fígado (hemocromatose).

Vivemos em um país Tropical com grande diversidade e acesso fácil às frutas; então, que aproveitemos delas.
          Não há grande dificuldade em manter adultos e crias pois uma vez adaptados a esta dieta podem alimentar com ela suas crias, é sim importante variar muito o regime de frutas que lhes damos e por vezes juntar alguns insectos que comem com agrado. Temos também uma alimentação que frequentemente é citada em algumas bibliografias disponíveis e referem-se ao uso de alimentos para cães ensopados em água, cereais cozidos ou papas caseiras. Como não conheço bem estas aves não posso adiantar mais sobre estes regimes além de que, tendo conhecimento da facilidade com que estas aves sofrem de problemas de fígado e da constituição da maioria dessas rações no mercado, será um risco usar estas dietas pelo menos como alimento exclusivo. Em todo caso parecem ser as rações de cachorro as mais apropriadas.
        Aves como os tucanos que se englobam neste grupo e até mesmo alguns Mainás são bastante valiosas para que seja descurado qualquer aspecto com a sua manutenção!


Insetívoros
         Os insetívoros são totalmente diferentes em hábitos e comportamento das outras. São extremamente ativas e curiosas investigando qualquer coisa de novo no seu ambiente. Tornam-se muito domesticadas com relativa facilidade.
A alimentação destas aves não é tão difícil como seria de supôr e baseia-se em papas e granulados. O mais complicado é ensiná-las a comer as papas e reconhecê-las como alimento, daí que não devamos capturar aves selvagens. Novamente a qualidade da alimentação é essencial para garantir o seu bem estar. Existem muitas papas no mercado, e a qualidade varia (bem como o preço). A proteína é, por norma, um nutriente caro em qualquer alimento, mas entre proteína e proteína de qualidade existe uma diferença ainda maior. Facilmente percebemos que espécies cujo único alimento são insectos vivos têm elevadas necessidades de proteína de qualidade. Não podemos substituir esta proteína de origem animal por outras, mais baratas de origem vegetal com os mesmos resultados.

         Estes produtos são obtidos a partir de fontes de proteína como farinhas de peixe e sub-produtos industriais e são, por si só suficientes para manter a ave em "relativas" boas condições, desde que sejam papas de boa qualidade. O problema surge quando surgem as crias, pois os pais necessitam de alimento vivo para as alimentar. Aqui temos de ter em contas a espécie em si porque se umas consomem moscas e afins outras preferem larvas e lagartas, umas gostam de formigas outras de afídios(piolhos das plantas). A maiorias destas espécies não chegam sequer a criar sem que disponha de uma abundante quantidade de alimento vivo!!!

Larvas de Tenébrio

         O que mais facilmente podemos arranjar são os tenébrios, as larvas de mosca ("asticot") e as larvas de um coleóptero que vulgarmente são chamadas de bicho-trela ou larvas de farinha, que podemos criar. Para os que preferem alimento "voador" o mais indicado serão moscas da fruta que também podemos reproduzir. Se dispusermos destes alimentos mesmo as aves adultas sem crias poderão receber um banquete. Outra grande fonte de alimento vivo são as formigas de asa que podemos capturar no Outono e tentar manter durante o ano, ou os gafanhotos e grilos que conseguirmos apanhar.


Modelos de aves asiáticas

        Tenho grande inveja das imagens dos mercados de aves asiáticas pela abundância de espécies muito raras entre nós, na grande maioria insetívoros e da grande variedade de alimento vivo que se pode adquirir. Existem já algumas empresas estrangeiras comercializando estes produtos, mas devo avisar os interessados que os custos são relativamente elevados e a manutenção destes alimentos vivos dificílima . De um modo geral quase todos os insetívoros gostam ainda de frutas, particularmente maçã, pera e melão.